Araucária-colunar [2]

Araucaria columnaris (G.Forst.) Hook.

Nome científico publicado pela 1ª vez em:

(G.Forst.) Hook., Bot. Mag. 78: t. 4635 (1852). [1]

Região Geográfica de Origem

Nova Caledónia (ilha Grande Terre, ilha dos Pinheiros e ilhas Lealdade) [3]

Estado de Conservação

Pouco preocupante (IUCN) [4]

Estatuto na região Açores

Espécie exótica sob cultivo [5]

Sobre o(s) Exemplar(es)

Exemplar centenário pertencente ao elenco original do jardim, fotografado pelo Coronel Afonso Chaves em 1901 [6] e identificado por Joaquim Figueiredo em 1981. [7]
Altura (em 2017): 38,11 m. [8]
Diâmetro à altura do peito (2016): 118 cm. [9]
No jardim é possível observar os cones masculinos maduros entre maio e junho. [10]

Sobre o táxon

Esta espécie costeira foi avistada pelo Tenente Cook do mar em 1774 na sua segunda expedição de circum-navegação; a bordo do navio Resolution, também viajavam o botânico Johann Reinhold Forster e seu filho o naturalista Georg Forster. [11] Em 1786, G. Forst publica a descrição desta espécie sob o nome de Cupressus columnaris no seu trabalho: Florulae Insularum Australium: Prodromus, [12] mas após 66 anos, Sir William Jackson Hooker (Diretor dos Jardins Reais de Kew) coloca esta espécie no gênero Araucaria, publicando na Curtis’s Botanical Magazin [13] o nome atualmente aceite para esta espécie. [14,15]
O tronco das araucárias colunares adultas possuem uma inclinação característica em direção à linha imaginária do equador e esta inclinação é tanto maior quanto maior for a distância em relação ao equador; assim enquanto no hemisfério norte árvores se inclinam para o Sul, no hemisfério sul as árvores inclinam-se para o Norte.[16] As suas sementes são comestíveis. [17]

Descrição

Árvore resinosa, monoica de folha persistente até 60 m de altura.
Tronco colunar tipicamente inclinado em direção à linha imaginária do equador.
Copa, na árvore adulta, estreitamente colunar e por vezes, arredondada no ápice.
Tronco com ramos aproximadamente horizontais em verticilos; raminhos dísticos semelhantes a cordas, cobertos com folhas simples em forma de escamas ovadas a triangulares ou estreitamente triangulares.
Cones masculinos cilíndricos, terminais e pendentes e cones femininos subglobosos, terminais em ramos curtos.
As escamas do cone feminino estão fundidas com a semente e desarticulam-se na maturidade.

Referências

[1] IPNI (2023). International Plant Names Index. The Royal Botanic Gardens, Kew, Harvard University Herbaria & Libraries and Australian National Herbarium. http://www.ipni.org.

[2] Fernandes, F.; Carvalho, L. (2003). Portugal Botânico de A a Z, Plantas Portuguesas e Exóticas. LIDEL. Edições Técnicas, Lda.

[3] The Gymnosperm Database (1997). https://www.conifers.org/ar/Araucaria_columnaris.php

[4] Thomas, P. (2010). Araucaria columnaris. The IUCN Red List of Threatened Species 2010: e.T42196A10661112. https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2010-2.RLTS.T42196A10661112.en.

[5] Pereira, M.J.; Quintal, R.; Costa, C.; Albergaria, I. (2020). Green gardens Azores project: a brief characterization of the vascular flora in the Azores’ historical gardens. Revista Scientia Insularum, 3: 11-26. https://doi.org/10.25145/j.SI.2020.03.01

[6] Chaves, Coronel Afonso (1901). Fotografia do Jardim do Visconde de Porto Formoso (cortesia do Museu Carlos Machado).

[7] Figueiredo, Joaquim (1981). Contribuição para o estudo botânico de algumas espécies arbustivas e arbóreas do jardim da Universidade. Trabalho realizado por alunos do curso de Biologia Fundamental II, ano letivo 1980/81. Departamento de Biologia, Universidade dos Açores.

[8] Carvalho, Victor (2010). Vistoria de araucária do Jardim da Universidade dos Açores. Serviço Florestal de Ponta Delgada, Proteção dos Arvoredos. Secretaria Regional da Agricultura e Florestas. Região Autónoma dos Açores.

[9] Rebelo, Gabriel Nonato da Penha (21.06.2016). Informação recolhida no âmbito da disciplina de ‘Projeto’ do curso de biologia (ramo ambiental e evolução).

[10] Pereira, M.J.; Vieira, V.; Furtado, D. (eds.) (2010). O Jardim Romântico da Universidade dos Açores, ed. 1. Universidade dos Açores, Ponta Delgada, 104 pp.”

[11] McLynn, F. (2011). Captain Cook: Master of the Seas. Yale University press, New Haven and London.

[12] Forster, G. (1786). Florulae Insularum Australium Prodromus. Gottingae.

[13] Hooker, W. J. (1852). Curtis’s Botanical Magazin, Vol. 78, Plate 4635, Tab 4635.

[14] POWO (2023). Plants of the World Online. The Royal Botanic Gardens, Kew.  http://www.plantsoftheworldonline.org/

[15] WFO (2023). World Flora Online. http://www.worldfloraonline.org.

[16] Johns, Jason W.; Yost, Jennifer M.; Nicolle, Dean; Ritter, Matt K. (2017). Worldwide hemisphere-dependent lean in Cook pines. Ecology, 0(0): 1–3.

[17] A Singapore Government Agency Website. (2022). National Parks – Flora & Fauna Web. https://www.nparks.gov.sg/florafaunaweb/flora/2/7/2721