Nome científico publicado pela 1ª vez em:
Gard. Dict., ed. 8.: n.° 3 (1768). [1]
Região Geográfica de Origem
Região Sudeste do Sul de Africa. [1]
Estado de Conservação
Pouco preocupante (IUCN). [3]
Estatuto na região Açores
Espécie exótica, introduzida como planta ornamental, escapada de cultura mas de ocorrência casual. [4]
Sobre o(s) Exemplar(es)
Elemento ornamental comum e antigo nos Açores, plantado em bordaduras nos jardins e nas estradas junto à costa. [4] A informação atual permite-nos confirmar a sua presença no jardim da Universidade dos Açores desde 1989, [4], as suas folhas têm sido usadas nas aulas práticas de Biologia celular do curso de Biologia, para observar ráfides (cristais aciculares de oxalato de cálcio).
Sobre o táxon
A mucilagem no interior das folhas desta espécie tem sido usada (à semelhança do que acontece com o Aloe vera) como primeiro tratamento para cobrir queimaduras de primeiro a segundo grau (após o arrefecimento da área queimada com água corrente) [5] e na confecção de alguns pratos e produtos alimentares [6,7,8]. Os seus polinizadores naturais incluem várias espécies aves da família Nectariniidae (inexistentes nos Açores). Na sua região de origem cresce em vários habitats desde o nível do mar até ao topo das montanhas [9].
Descrição
Planta arbustiva de 1,5 a 3,5 m de altura, muito ramificada, com folhas persistentes e suculentas formando rosetas terminais compactas. Folhas linear-acuminadas (ca 40-60 x 5-7 cm) com margens espinhoso-dentadas. As inflorescências são racemos densos, cilíndrico-acuminados, sobre escapos até 1m de comprimento. As flores são tubulares (3-4 cm longas) e escarlates. Os frutos são cápsulas oblongas com ca de 2 cm, amarelo-acastanhadas. [2]
Referências
[1] POWO (2023). Plants of the world online. The Royal Botanic Gardens, Kew. http://www.plantsoftheworldonline.org/
[2] Pereira, M.J., Vieira, V., Furtado, D. (eds.) (2010). O Jardim Romântico da Universidade dos Açores. Universidade dos Açores, Ponta Delgada, 52 pp.
[3] García-Mendoza, A.J., Sandoval-Gutiérrez, D., Hernández Sandoval, L. & Zamudio, S. 2019. Agave americana. The IUCN Red List of Threatened Species 2019: e.T13507070A13507074. https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2019-3.RLTS.T13507070A13507074.en. Accessed on 16 May 2023.
[4] Pereira, M.J.(2023). O Jardim da Universidade dos Açores. Universidade dos Açores. https://jardim.uac.pt/
[5] Jia, Y., Zhao, G., Jia, J. (2008). Preliminary evaluation: The effects of Aloe ferox Miller and Aloe arborescens Miller on wound healing. Journal of Ethnopharmacology, 120(2): 181-189.
[6] Von Der Weid – Agricultural Enterprise (2023). Father Romano Zago’s recipe. https://aloevonderweid.com/en/news/to-prepare-father-zagos-recipe-find-out-ingredients-doses-and-more/
[7] Morinaga Milk Industry Co., Ltda (2023). Morinaga Aloe Yogurt. https://www.morinagamilk.co.jp/english/research/story/aloe/B73
[8] Nihonmoto Company (2023). Aloe Yogurt candy (32g). https://www.nihonmoto.com/product/aloe-yogurt-candy-32g/
[9] South African National Biodiversity Institute (2023). Aloe arborescens Mill. https://pza.sanbi.org/aloe-arborescens